Os 3-ciclos não-transitivos
em que participa um dado D=abcdef com 1 a 6 pintas podem obter-se
dos ciclos não-transitivos em que entra o dado dual E, construído
pelo método anterior, usando a seguinte regra: cada dado do ciclo
é transformado no seu dual, calculando-se os simétricos
módulo 7 dos números de pintas em cada face; depois dois
dados são trocados de posição. Exemplifiquemos
com o dado D=112224. O seu dual é E=355566, e cada um
só aparece num 3-ciclo não-transitivo. Aplicando o mesmo
algoritmo aos outros dados que surgem no 3-ciclo único de D,
e que são {111244}, {111334}, {112224} obtemos {335666}, {344666},
{355566} que precisa apenas de uma troca de posição entre
o segundo e o terceiro dados para ser não-transitivo: {335666},
{355566}, {344666}. Este é o único 3-ciclo não-transitivo
em que participa o dado E. Outro exemplo: O dual do dado D=111566 é
E=112666. Estes são os dois dados que participam, cada um, em
1897 3-ciclos (os ciclos de D distintos dos de E). Além disso,
cada um dos 3-ciclos não-transitivos de E se obtém pelo
processo descrito anteriormente a partir dos 3-ciclos não-transitivos
de D (e vice-versa).
Nota: Este procedimento deve generalizar-se
para dados com 1 a N pintas, se tomarmos os simétricos módulo
(N+1).
REFERÊNCIAS
[1] H. Steinhaus, S. Trybula, "On
a paradox in applied probabilities", Bulletin of the Polish
Academy of Sciences 7 (1959), 67-69.
[2] Usiskin, "Max-min probabilities in the voting paradox",
Annals of Mathematical Statistics Vol. 35, 2 (1964), 857-862. |