A imagem representa um quarto de Ames. Um tal quarto existe no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, integrado na exposição Matemática Viva, produzida pelo Atractor no Ano Internacional da Matemática (2000).

Este quarto tem uma forma distorcida, relativamente ao habitual, mas a visão a partir de um orifício na parede direita é compatível com a visão que provocaria um quarto (imaginário) que teria a forma e ocuparia a posição do quarto representado a preto na figura. As linhas a amarelo, emitidas desse orifício, representam raios visuais, que unem um ponto do quarto real ao orifício, passando pelo ponto do quarto imaginado. Note-se que as janelas reais não são rectangulares, mas a visão delas, a partir daquele orifício, é compativel com a de janelas rectangulares no quarto imaginário, representado a preto. Observação análoga para o quadriculado do chão, que é distorcido (no quarto real), mas cuja visão é compatível com a de um quadriculado rectangular no quarto imaginário. Por estas razões, o cérebro é induzido a imaginar que o quarto que vê tem realmente a forma do quarto representado a preto, que teria a forma que normalmente se espera que um quarto tem. Então, as duas pessoas do mesmo tamanho, representadas (a vermelho e a verde) junto da parede lateral esquerda, são imaginadas na posição do quarto imaginário a preto. Mas, por isso mesmo, a pessoa a vermelho é vista muito mais pequena - como realmente teria de ser se lá estivesse, para dar o mesmo ângulo de visão que a real dá no sítio em que está.

A ilusão é muito forte e, no site referente à Matemática Viva, está uma fotografia que põe em evidência a forte ilusão provocada pelo Quarto de Ames que lá existe.