Se, dado um polígono inicial de n lados cujas abcissas dos vértices são xr, com MATH, unirmos os pontos que dividem cada lado em dois segmentos cujo comprimento é, respectivamente, p e 1 - p vezes maior do que o comprimento desse lado, com 0 < p < 1, obtemos um novo polígono de n lados cujas abcissas dos vértices são dadas por

MATH

ou seja,

MATH

onde xn = x0. Consideremos a representação de Fourier das abcissas xr, dada por

MATH

onde MATH representa a parte inteira de $n/2$. Escrevendo o vector (Pj,Qj) na forma polar MATH, temos

MATH

Então, vem

MATH

onde

MATH

e

MATH

Mais geralmente, vem

MATH

Quando k tende para infinito, todas as parcelas do somatório acima tendem mais rapidamente para zero do que a primeira, pelo que podemos desprezá-las e fazer a seguinte aproximação:

MATH

para um valor de k elevado. Fazendo $C=C_{1}d_{1}$ e MATH, vem

MATH

ou seja,

MATH

onde $P=C\cos \theta $ e $Q=C\sin \theta $. Analogamente, temos

MATH

e, considerando pontos no espaço,

MATH

Assim, analogamente ao que acontecia nos processos anteriores, temos que os pontos $P_{r}^{(k)}$ aproximam-se cada vez mais dos vértices de um polígono que se obtém aplicando uma função linear a um polígono regular de n lados centrado na origem, seguida de uma translação, estando este também inscrito numa elipse centrada em (X,Y,Z) e mantendo-se as relações de paralelismo existentes nos segmentos do polígono regular para os respectivos segmentos do polígono obtido.

Notemos também que, dados a e b inteiros tais que MATH, temos

MATH

Como

MATH

vem

MATH

desde que seja válida a aproximação MATH, ou seja, MATH. De facto, temos

MATH

pelo que, para valores de n elevados, faz-se a aproximação MATH. Assim, os pontos que se obtém aplicando b vezes o processo dado são, aproximadamente, os mesmos pontos que se obtém por uma homotetia de centro no centro de gravidade desse polígono e de razão $d_{1}^{b}$, sendo a aproximação tanto melhor quanto maiores forem os valores de k e de n. No entanto, é preciso ter em conta que, atendendo à aproximação efectuada, pode haver uma diferença entre a forma de um polígono e a do polígono que se obtém aplicando b vezes o processo dado, e essa diferença pode não tender para zero quando k tende para infinito (ou seja, após um número elevado de iterações). De facto, tal acontece sempre, excepto quando p = 1/2, o que corresponde ao processo de bissecção. Se, por exemplo, tivermos p = 2/3, o que corresponde ao processo de trissecção, então existe sempre essa diferença, tal como foi verificado.